A Vitra acaba de revelar o mais novo acréscimo ao conjunto de icônicos edifícios que compõem seu campus, uma torre de observação e um escorregador projetados por Carsten Höller. Localizado num promenade de Álvaro Siza que conecta o Vitrahaus de Herzog & de Meuron ao Posto de Bombeiros de Zaha Hadid, a nova torre oferece dois novos modos de ver o Vitra Campus: de cima, observando sobre os outros edifícios; e numa vertiginosa descida, já que a cobertura transparente do escorregador oferece inusitadas vistas para o entorno.
Mais sobre o Vitra Slide Tower a seguir.
A torre de 30 metros de altura consiste em um tripé de colunas inclinadas que suportam uma plataforma de observação e um escorregador em espiral. No topo da torre, onde as três colunas se encontram, há um relógio de seis metros de diâmetro - um acréscimo pragmático a essa extravagante escultura que, todavia, evita a utilidade, pois está instalado diagonalmente e não conta com números, assim, não se pode apontar com clareza as horas do relógio.
Escorregadores são um tema recorrente na obra do artista Carsten Höller, figurando previamente no New Museum de Nova Iorque e no Turbine Hall do Tate Modern de Londres. Comentando sobre a ideia do escorregador, Höller disse: "um escorregador é um trabalho escultural com um aspecto pragmático, uma escultura onde se pode viajar. Contudo, seria um equívoco pensar que se deve usar o escorregador para que a obra faça sentido. Observar a obra a partir do exterior é uma experiência diferente mas igualmente válida.
Höller continua: "Por uma perspectiva arquitetônica e prática, os escorregadores representam um dos meios de transporte possíveis em um edifício, equivalente ao elevador, escadas rolantes e escadas. Os escorregadores transportam as pessoas rapidamente, em segurança e elegantemente até seus destinos, são construções baratas e energeticamente eficientes. São também dispositivos que permitem experienciar um estado emocional único, próximo ao prazer e à loucura."